Queda de Cabelo/ Alopecia

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O que é?

Alopecia é o termo que descreve queda de cabelo. Existem várias formas de alopecia. De acordo com a causa da alopecia ela recebe um nome diferente. O cabelo tem importância desde o início da humanidade além do embelezamento tem importância protetora contra a radiação solar por exemplo.

Sintomas

As alopecias podem se apresentar de diversas formas (diminuição da quantidade dos fios, áreas sem cabelo, áreas com cabelos cortados próximos a raiz até a famosa careca – couro cabeludo sem pelos). Vou falar dos sintomas já separando os nomes e tipos de alopecia.

Eflúvio telógeno é uma queda de cabelo difusa que você percebe quando observa mais cabelos no chão do banheiro, na escola de cabelo, espalhadas pelo chão da casa. Existe uma queda considera da normal de 100 a 120 fios de cabelo por dia, se você percebe um aumento desse número, provavelmente você está com eflúvio telógeno.

A forma mais comum de apresentação do eflúvio telógeno são os cabelos caindo após o parto. Existem outras causas de eflúvio telógeno como uso de antibiótico, infecções, doenças autoimunes com tireoidite de hashimoto e lupus eritematoso sistêmico, entre outras.

O eflúvio telógeno pode ser considera do fisiológico, ou seja, existe uma queda aumenta da dos fios de cabelo, mas que depois de um período que não deverá ultrapassar 3 meses o organismo será capaz de recuperar os fios e produzir novos fios e fazer cessar a queda espontânea. Exemplos disso são a queda de cabelo após o parto, após febre, após uso de alguns medicamentos, após viroses ou até mesmo deficiências nutricionais. No caso das deficiências nutricionais, estou falando de uma baixa de ferro por exemplo ou outra vitamina, mas que com a sua alimentação saudável é possível reverter espontâneamente sem auxílio de tratamento médico. O eflúvio telógeno pode ser agudo se até 3 meses ou crônico por mais de 6 meses. Se o seu cabelo está caindo de forma aumenta da e você notou diminuição do volume há mais de 3 meses procure um dermatologista para te avaliar.

Evite automedicação pois pode piorar além de retardar o diagnóstico correto. O eflúvio telógeno é a forma mais comum de queda de cabelo em mulheres.

Outra forma de queda de cabelo é a alopecia androgenética, ou seja, a forma genética (história familiar) de queda de cabelos. Essa pode afetar homens e mulheres, porém é mais comum nos homens. Os sintomas da alopecia androgenética são diferentes nos homens e mulheres.

Nas mulheres a alopecia ocorre com uma diminuição do espessamento dos fios além de uma rarefação dos mesmos, principal mente na região do topo da cabeça. Além da predisposição genética existe uma alteração hormonal que nem sempre é possível ser constada nos exames de sangue, essa informação vale para ambos os sexos. O sintoma nos homens é a famosa careca.  Ou seja, vai existindo assim como nas mulheres uma diminuição da espessura dos fios assim como da quantidade, a diferença é que o homem pode ficar careca e a mulher não. Se o pai é careca existe uma grande chance de o filho herdar essa característica e ser careca, mas não é absoluta essa razão e o filho pode nunca ser careca. As alopecias androgenética masculinas e femininas surgem na adolescêcia com o aumento dos hormônios sexuais, esse é o melhor momento para iniciar o tratamento. Existem diversos estágios desde apenas uma rarefação, uma entrada até a careca propriamente dita. Outra alopecia é a alopecia areata que os sintomas mais comuns são placas redondas sem cabelo no couro cabeludo ou área da barba, mas também pode afetar sobrancelhas e cílios.

Não se sabe a causa sendo considera da mais uma doença autoimune, que existe tratamento. Existem diversos graus podendo afetar até todos os pelos do corpo sendo chamada de alopecia areata universal, quando se perdem todos os pelos do corpo, essa forma é bastante rara. O estresse emocional pode não só provocar o surgimento da alopecia areata como piorar o quadro existente. Lembrar ainda que como tido doença autoimune pode associar com outras doenças autoimunes como tireoidite de hashimoto, diabetes, lúpus, vitiligo entre outras.

Na Alopecia areata existe uma inflamação da área do folículo piloso levando a perda do fio, esse mesmo mecanismo ocorre na alopecia fibrosante frontal e em ambas doenças não sabemos porque isso ocorre. A alopecia fibrosant e frontal é relativam ente nova sua primeira descrição foi na Austrália em 1994. Acomete as mulheres ainda não tem cura e os sintomas são um aumento da regíamos da testa por perda dos cabelos na região frontal onde chamamos área de implantação dos cabelos.

Ultimamente nos congressos de dermatologia muito tem se falado sobre alopecia fibrosante frontal e os estudos mostram que inclusive rugas, manchas na face, aumento da espessura da pele entre outros sinais podem aparecer até 2 anos antes da alopecia fibrosante frontal com a perda do cabelo. Isso leva a um desgaste emociona l muito grande da pessoa que se observa diante do diagnóstico de fibrosante frontal e nos dermatologistas podemos diagnosticar bem no início ou mesmo antes de surgirem os sintomas de perda dos fios e já iniciarmos o tratamento.

O diagnóstico de alopecia fibrosante frontal definitivo é através da biópsia do couro cabeludo. Existe ainda alopecias caudadas por fungos, ou seja, as micoses que atingem o fio e o couro cabeludo. O parasita acomete o fio e promove a queda do fio cortando o fio próximo da raiz formando uma área ou áreas arredondadas do couro cabeludo sem cabelo.

Causas

As causas da alopecia são diversas podendo ser fisiológicas como no eflúvio telógeno, ou devido a deficiência nutricional ou pelo uso de medicamentos como ocorre por exemplo em consequência ao tratamento de quimioterapia para câncer. Outras causas das alopecias são as desconhecidas como na alopecia areata e na fibrosante frontal. Alterações genéticas e hormonais podem levar a alopecia. Além de ser causada pela presença de fungos nos cabelos.

Como evitar

A prevenção deve ser feita com a higiene individual e cuidados alimentar es evitando deficiências nutricionais ou doenças preveníveis com alimentação saudável. Existem formas de alopecias que não podemos prevenir, mas o diagnóstico correto, precoce poderá ajudar muito no tratamento correto.

Tratamentos

Existem diversos tratamentos para todas as formas de alopecias. Primeiro passo é estabelecer um diagnóstico correto é então iniciar o melhor tratamento disponível para o caso. No eflúvio telógeno após o parto durante amamentação basta aguardar e seguir com alimentação saudável que irá cessar espontaneamente. No caso da alopecia androgenética de preferência iniciar o tratamento na adolescência e podem ser utilizados medicações como finasterida, minoxidil, espironalactona, além de laser, cirurgia e inclusive transplante capilar.

Na alopecia areata pôde-se usar minoxidil, antralina, corticosteroides. Na fibrosant e frontal pode usar isotretinoi na oral, hidroxiclo roquina, corticoides, minoxidil finasterida. Lembrando que a alopecia fibrosante frontal é uma forma de alopecia cicatricial e progressiva, com evolução lenta e que afeta mais mulheres na menopausa. O melhor sem dúvida é procurar um diagnóstico correto para seu problema e iniciar o tratamento mais adequado para o caso.